Treinos secretos do Marilson Gomes e Oswaldo Silveira
Os quenianos costumam treinar nas montanhas do Quênia em altitudes superiores aos 2.500 metros em relação ao nível do mar.
Os mexicanos seguem a mesma rotina nas cidades vizinhas à capital do México.
Os americanos preferem seguir para Bolder no Colorado, onde foi montado um dos maiores centros de treinamento da atualidade. Muitos dos atletas de elite de várias nacionalidades realizam em Bolder sua preparação básica (fase inicial da periodização de treinamento), visando as principais competições internacionais.
Os europeus dirigem-se para a Espanha ou Itália.
Já os brasileiros, na grande maioria, preferem Campos do Jordão, interior de São Paulo. Outros, as montanhas da Colômbia. Marilson Gomes, bi-campeão da São Silvestre e da Maratona de Nova York costuma realizar seus treinos secretos em Campos do Jordão. Oswaldo Silveira, 80 anos, campeão da Maratona de Nova York, trabalha no Hotel Frontenac em Campos do Jordão, onde realiza seus principais treinos.
Efeitos do treinamento em altitude
Pesquisas recentes realizadas por fisiologistas do American College Sports of Medicine (ACSM), especializados em esforço físico que desenvolvem programas de treinamento em altitude com atletas de alta competição, ficou evidenciado que:
• Há um aumento da capacidade de transporte de oxigênio de células vermelhas no sangue;
• Aumento do número de capilares que transportam oxigênio pelo sangue para as fibras musculares;
• Aumento da atividade de enzimas que convertem oxigênio em energia com as células das fibras musculares.
Fato este que pode resultar numa grande capacidade de resistência aeróbia (qualidade principal para as corridas de longa duração, como a São Silvestre, na distância de 15 Km)
Cuidados iniciais
Nos primeiros dias de treinamento em altitudes superiores a 2.500 metros, pode ocorrer, alguns desconfortos pela falta de adaptação:
• Complicações respiratórias
• Desidratação
• Tosse
• Problemas digestivos
• Dores de cabeça e insônia
• Instabilidade de pressão sangüínea
• Infecção na traquéia.
O ideal, segundo recomendação dos fisiologistas, é uma adaptação inicial de aproximadamente 10 dias, que consiste de corridas em ritmo confortável (em equilíbrio de oxigênio), com um aumento gradativo no volume (quilometragem).
Na segunda fase, de aproximadamente 7 dias, pode-se aumentar um pouco o ritmo das corridas, mas sempre fazendo uso do controle da monitorização cardíaca para não ultrapassar o limiar anaeróbio.
No último estágio, também de aproximadamente 7 dias, podem ser introduzidos alguns treinos de qualidade, como o interval-training (repetições na distância de 400 metros com pausa ativa de 200 metros entre cada repetição), e treinos fracionados (nas distâncias de 1.000 e 2.000 metros com recuperação passiva de 3 a 4 minutos).
Os fisiologistas também recomendam que haja um período de 3 a 5 dias de recuperação em baixa altitude antes de uma competição importante (não necessariamente ao nível do mar, exceto se a competição for realizada à beira mar).
Prof.Alex Busnello - Assessoria Esportiva
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